sexta-feira, 25 de maio de 2012

O Atol das Rocas na 14ªSMA


Topo de uma montanha submarina de origem vulcânica, o Atol das Rocas está localizado a 144 milhas náuticas a E-NE de Natal-RN e 80 milhas a W do Arquipélago de Fernando de Noronha-PE. Único recife em forma de atol do oceano Atlântico Sul, a sua estrutura é composta principalmente por algas calcárias, moluscos gastrópodes e foraminíferos. Sua área interna é de 5,5 km², onde existem duas ilhas (Farol e Cemitério), um banco de areia em crescimento (Zulu), uma laguna permanente, barretas e diversas piscinas naturais, que se formam durante as marés baixas. Foi transformado em uma Reserva Biológica Marinha em 05 de junho de 1979, delimitado por uma área de 36.249 hectares, cujo objetivo é o de proteger integralmente o atol e as águas que o circundam até a profundidade de 1.000 metros. A reserva não é aberta para visitação pública, sendo permitidas apenas atividades voltadas ao monitoramento ambiental, ao patrulhamento e estudos científicos. Desde 1991 a reserva recebe equipes compostas por servidores da unidade, pesquisadores, estagiários e voluntários, onde permanecem por cerca de 28 dias/expedição.Um programa de Informação e Educação Ambiental repassa para a sociedade as ações de preservação e de manejo do ecossistema através de palestras, exposições, participação em eventos públicos e reportagens.
É uma área considerada como um “santuário e berçário naturais”, onde muitas espécies utilizam suas águas e ilhas para reprodução, fonte de alimentação, abrigo e repouso em rotas migratórias. As ilhas tem cerca de 150.000 aves, sendo consideradas a maior colônia reprodutiva de aves marinhas do Atlântico Sul e a segunda maior área de reprodução de tartaruga-verde no Brasil. Em suas águas transparentes e quentes, espécies como lagostas, tubarões, raias, esponjas, corais, estrelas, tartarugas, golfinhos, peixes multicoloridos, moréias, moluscos, caranguejos, baleias, algas ocorrem e crescem de forma gradativa, preenchendo os espaços deixados por anos de exploração.
Atualmente a gestão da unidade é do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, com o apoio da Fundação SOS Mata Atlântica através do Programa Costa Atlântica e Conselho Amigos do Atol. Essa parceria garantiu a construção da nova estação, proporcionando as equipes uma melhor qualidade de vida durante a permanência na reserva. A renovação dos equipamentos da estação, a contratação de embarcação para as travessias e a internet via satélite também proporcionam mais segurança às atividades, contribuindo com o aumento de novos projetos garantindo a continuidade das ações de proteção, de conhecimento e de preservação do Atol das Rocas, reconhecido pela UNESCO como um Patrimônio da Humanidade.

Zélia Brito, Chefe de Unidade de Conservação na Reserva Biológica do Atol das Rocas com 21 anos de atuação no local, estará presente durante as atividades da 14ª Semana do Meio Ambiente de Pipa e Tibau do Sul e apresenterá à nossa comunidade essa maravilha da Natureza que é a Reserva Biológica no domingo, 3 de junho às 20h na E.M. Vicência Castelo. Não percam

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